{Virgindade: virtude ou vergonha?}

Postado em 05/07/2012 às 00:10:22

"Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra." (Salmo 119:9)
"Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida." (Provérbios 4:23)
Tudo tem o seu tempo certo e há um propósito para cada fase da vida de um ser humano. O Criador fez os seres humanos para vivenciarem as diferentes fases da vida de maneira plena e saudável. Parece óbvio que uma criança não carregue o peso de um adulto nem, tampouco, uma adolescente experimente as transformações hormonais da menopausa. Assim, cada fase tem sua peculiaridade e precisa ser respeitada. Deus jamais negou a possibilidade de prazer sexual ao ser humano, no entanto, as funções orgânicas deste passam por estágios distintos em que os estímulos seriam naturais e não forçados pelas aberrações da pornografia, pela mistura antinatural dos gêneros e pelo barateamento do orgasmo sem compromisso e sem amor pactual.

Quando pais inescrupulosos oferecem uma tragada de bebida ou de fumo a uma criança ou, ainda, quando cercam a infância de estímulos sensuais, provocam o repúdio de qualquer pessoa de bom senso. Quando bebês, crianças e adolescentes são abusados, com ou sem consentimento, em nome da proximidade familiar ou do turismo sexual, logo nos enchemos de indignação, por se tratar de seres "inocentes" que mal controlam suas emoções, mas se tornam objetos da exploração dos que só querem prazer. Quando jovenzinhas engravidam antes de curtirem as descobertas da adolescência e envelhecem antes do tempo, por vezes carregando sequelas venéreas no corpo abusado pelos que fazem fila de meninas e meninos sem proteção, soltamos o grito de protesto e, indignados, lamentamos porque não usaram camisinha ao invés de ensinar-lhes o valor de dizer "não".

Num país onde ser corrupto é moda e ser desonesto é esperteza, virgindade não tem valor, principalmente se a filha for dos outros. A OMS (Organização Mundial de Saúde) não divulga a eficácia da abstinência sexual contra a praga da AIDS, que já matou milhares de jovens e deixou em outros milhares de bebês a herança da contaminação mortal. Na década de 1980, Uganda, um país africano, teve seus índices de AIDS baixados de quase 30% para 4%, graças a uma campanha que incentivou a preservação da virgindade antes do casamento e a fidelidade conjugal. Definitivamente, no que diz respeito à AIDS, esta foi a campanha mais bem sucedida porém a menos divulgada, por ferir interesses financeiros da indústria e dos atravessadores dos preservativos e por desestimular a tara dos escravos do prazer.

Virgindade, aos olhos de Deus, é um tesouro que não pode ser vendido, trocado ou contrabandeado pela moeda do fútil prazer. Preservar-se para um relacionamento duradouro, cercado de compromisso e de amor pactual, cresce em valor, dignidade e honra, além de possibilitar, no contexto do matrimônio, o pleno usufruto do sexo com amor e com a benção de Deus. Rapazes e moças podem experimentar, no casamento, o leito limpo, a brancura da alma, a presença do Espírito Santo e, como opção, a legítima procriação sob as bases de uma família.

Para os que já perderam a virgindade física, resta a esperança no Deus que tudo refaz. Garotas de programa e jovens e adolescentes que "ficam", encontram em Jesus o perdão, a chance de recomeçar, no contexto de um pacto de pureza sexual. Neste caso, abstinência por escolha é a virgindade da alma que espera porque ama, respeita e honra o seu próprio corpo. Como já falamos, não é fácil para nós mas foi possível, pela força do Senhor, abstermo-nos para esperar o que de melhor Deus. Uma esposa, um lar, uma família, dignidade, prazer duradouro e a certeza da presença abençoadora de Jesus no corpo, na mente, no lar, na cama e na bandeira que estampa: "Em Cristo, ser virgem e ser fiel nunca foi e nunca será vergonhoso".