{Deus se interessa}

Postado em 01/07/2012 às 01:48:00

"Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês", diz o Senhor, "planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro." (Jeremias 29:11)

Deus é, antes de tudo, o nosso Criador. Ele nos fez como somos para sermos mais do que temos sido. Não fora a autonomia que propiciou ao homem desobedecer. Deus nos fez homem e mulher, macho e fêmea (Gênesis 1 e 2), colocados num planeta propício ao prazer e à procriação. Deus nos fez com sentimentos, emoções e capacidade de sentir prazer no que fazemos e no cumprimento das funções precípuas do nosso corpo.

A genitália humana e toda a sensação de conquista, consumação e prazer sexual fazem parte do projeto original de Deus para a raça humana. Durante anos ouvimos que o pecado original estava ligado ao ato sexual e que a maçã do Éden seria um símbolo da descoberta da sexualidade entre Adão e Eva. Tudo não passou de uma péssima compreensão do relato bíblico, pois o fruto proibido nunca foi a maçã e o pecado original não tem nenhuma relação com ato sexual, mas com a desobediência ao explícito mandamento de não comer da "árvore do conhecimento do bem e do mal", um símbolo perfeito de que o ser humano teria toda a liberdade de experimentar as infinitas opções do jardim com apenas uma restrição.

Tal restrição significou a delimitação do que seria o mal: desobediência ao mandamento divino. Deus nos fez seres relacionais, capazes de compartilhar experiências emocionais, intelectuais e afetivas que podem ou não culminar no ato sexual. Nenhuma relação sexual valoriza a pessoa envolvida se não houver, antes de tudo, relacionamento afetivo, conhecimento, compromisso de espera e determinação do casamento como contexto ideal para se experimentar todos os prazeres da relação íntima propiciada pelo amor e pela sexualidade. É neste contexto que temos que compreender a restrição divina, pois Deus não proíbe o sexo, mas canaliza-o para que este não domine o ser humano e, sim, seja dominado por ele.

Iniciar uma relação com sexo é abrir mão dos fundamentos principais do amor, é coisificar a pessoa, desrespeitar o próprio corpo, correr riscos de saúde ante o desconhecido e improvisado momento, é contentar-se com as migalhas do prazer momentâneo, enquanto Deus promete e realiza prazer superior na castidade que sabe esperar e na relação amadurecida da fidelidade conjugal.